O STJD, Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, determinou a interdição da Arena MRV pelas cenas de violência registradas na final da Copa do Brasil, no último domingo, partida disputada entre o Atlético Mineiro e o Flamengo. Além da imediata interdição do estádio, o presidente do STJD, Luís Otávio Verissimo, determinou, nesta terça-feira, que o Atlético transfira os jogos para outras praças desportivas com portões fechados, sem poder receber torcedores.

A partir de agora, o time mineiro tem um prazo de dois dias para apresentar sua defesa. A medida fica em vigor até que o clube comprove a adoção de medidas necessárias e suficientes para garantir a segurança na Arena MRV. Após a comprovação, haverá uma nova deliberação pelo plenário do Tribunal.

O presidente Luís Otávio Verissimo cita, na decisão, o arremesso de quatro bombas, sendo a ocorrência mais grave a que atingiu um fotógrafo, que precisou ser levado às pressas para um hospital. O profissional teve dedos quebrados e tendões rompidos e precisou passar por cirurgia. Além disso, foram registradas invasões no campo e apontamento de laser contra o goleiro do Flamengo, Agustín Daniel Rossi.

Na denúncia, a Procuradoria de Justiça Desportiva pediu que o Atlético Mineiro fosse julgado com base nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que preveem pagamento de multa de R$100 mil e interdição do estádio. Entretanto, o presidente condenou o clube com base no artigo 119, que prevê autonomia para determinar qualquer medida não prevista no Código, em casos excepcionais e quando houver comprovação de dano irreparável.

O próximo jogo do clube mineiro como mandante será no próximo dia 20 de novembro, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro.

Nas redes sociais, o dono do clube, Rubens Menin, lamentou o ocorrido. Segundo o empresário, os protocolos de segurança serão revistos.

Além dos casos registrados no estádio, um homem, de 50 anos, vestido com uma camisa do Flamengo, foi agredido por três torcedores atleticanos na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, no domingo. Ele sofreu traumatismo craniano, lesão no olho e várias fraturas e foi encaminhado para o Hospital Risoleta Neves. Nesta terça-feira, a Justiça converteu a prisão dos três suspeitos para preventiva.

 Fonte CBNN