15/11/2024 | Por: LS NOTÍCIAS
Após atentado na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (13), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou que o caso não é isolado e se manifestou contra a proposta de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro, que tramita no Congresso Nacional.
Sem citar o "PL da Anistia" expressamente,
Barroso afirmou que "querem perdoar sem antes condenar". O ministro
ainda relembrou que os ataques às sedes dos Três Poderes acontece após uma
escalada de atos extremistas, a exemplo do caso em que ex-deputado Roberto
Jefferson atirou contra policiais federais, usando granadas e fuzis, além do
episódio em que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) correu armada atrás de um
homem que a criticou e manifestou votar na esquerda.
"A
gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade de que
persiste no Brasil a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas
instituições, numa perspectiva autoritária e não pluralista de exercício do
poder, inspirada pela intolerância, pela violência e pela desinformação. Reforça
também, e sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem
contra a democracia", afirmou.
O presidente da Corte ainda afirmou que não gostaria de fazer tal
discurso institucional, mas que cabe à sociedade realizar "uma reflexão
profunda sobre o que está acontecendo entre nós".
·
Imprensa internacional repercute ataque ao STF em Brasília com
proximidade da cúpula do G20
O ministro Gilmar Mendes comentou que o ataque perpetrado por Francisco
Wanderley Luiz não se trata de ação isolada, mas da radicalização do discurso
de ódio no País. "A reconstrução histórica dos últimos acontecimentos
nacionais demonstra que o ocorrido na noite de ontem não se trata de um fato
isolado. Muito embora o extremismo e a intolerância tenham atingido o paroxismo
em 8 de janeiro de 2023, a ideologia rasteira que inspirou a tentativa de golpe
de Estado não surgiu subitamente", afirmou.
O ministro Alexandre de Moraes criticou autoridades que têm falado que o
ataque se trata de suicídio. Ainda na noite dessa quarta, a governadora em
exercício do Distrito Federal, Celina Leão, levantou essa tese em coletiva de
imprensa no Palácio do Buriti.
"Quero lamentar a mediocridade
das pessoas que estão dizendo que se trata de um mero suicídio. Não, foi nossa
polícia que evitou a entrada dele e que matasse muita gente", afirmou
Moraes.
O ministro será o relator do inquérito que vai investigar o atentado. A
distribuição de uma ação por prevenção a um ministro do Tribunal, e não por
sorteio, ocorre quando ele já investiga casos que possuem ligação direta
com o novo processo.
A decisão se deu nos autos do Inquérito (INQ) 4879, que investiga os
atos antidemocráticos. Segundo o presidente Barroso, as informações colhidas
até o momento pela Polícia Federal apontam que os fatos estão diretamente
relacionados a outras investigações já em curso no Supremo.
Segundo a PF, os fatos em apuração possuem aparente relação com os atos
do 8 de janeiro. O autor das explosões realizou uma série de publicac?ões em
redes sociais sobre o atentado, nas quais ataca o Poder Judiciário e convoca a
populac?ão para uma revoluc?ão e tomada poder.
Fonte CBN
Jose Raimundo dos santos numero 259, 259 Centro
a Barra d Alcântara /Piaui