22/11/2024 | Por: LS NOTÍCIAS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o uso de mísseis táticos-operacionais dos Estados Unidos contra instalações militares no território russo fizeram com que a guerra na Ucrânia adquirisse "elementos de caráter global" e revelou o uso de um novo míssil, que, segundo o mandatário, chega 11 vezes a velocidade do som e não pode ser interceptado por nenhum dos sistemas de defesa aérea disponíveis, incluindo os europeus e norte-americanos.
Segundo Putin, trata-se de uma ogiva balística hipersônica não nuclear de médio alcance, que foi utilizada em um ataque na quarta-feira (20) contra a cidade ucraniana de Dnipro. O teste do Oreshnik, segundo o mandatário, "foi bem-sucedido".
"As Forças Armadas Russas realizaram um ataque combinado a uma instalação do complexo industrial de defesa da Ucrânia. Durante a operação, testamos uma das mais recentes plataformas de mísseis russos de médio alcance, equipada com uma ogiva balística hipersônica não nuclear. Nossos artilheiros a chamaram de Oreshnik", afirmou o presidente russo em pronunciamento televisionado na noite dessa quinta (22).
Ainda segundo o mandatário, "não existem meios para conter tais armas". "Os mísseis atingem alvos a uma velocidade de 10 Mach (11 vezes a velocidade do som — 13.582 km/h), cerca de 2,5 a 3 km/s. Os sistemas de defesa aérea disponíveis e os sistemas de defesa antimísseis americanos na Europa não conseguem interceptar tais mísseis", disse.
Na segunda-feira (18), Putin editou a nova doutrina nuclear do país, estabelecendo novos critérios e reduzindo o limite para o uso potencial de armas nucleares em caso de agressão armada contra à Rússia ou à aliada Belarus.
Segundo o texto, Moscou fica autorizada a usar armas nucleares em caso de um ataque nuclear por um inimigo ou ataque que ameace a existência do país. O mesmo será permitido se houver a agressão de qualquer Estado não nuclear, mas que tenha envolvimento ou apoio de potências nucleares.
No pronunciamento dessa quinta, Putin reforçou que se reserva o direito de retaliar contra países "que permitirem o uso de suas armas contra nossos alvos", e que, em caso de escalada das agressões, responderá "de maneira decisiva e proporcional"
"Recomendo que as elites governantes desses países, que planejam usar forças militares contra a Rússia, reflitam seriamente sobre isso", completou.
Fonte Cidade Verde
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